Ministério Público de Pernambuco pede desativação do Complexo do Curado, Antigo Aníbal Bruno! Veja.
Após fugas, MPPE pede desativação do Complexo Prisional do Curado
Solicitação
será feita pelo promotor Marcellus Ugiette ainda nesta semana. Segundo
ele, Estado perdeu o controle dentro e fora dos presídios.
25/01/2016 12h06 - Atualizado em 25/01/2016 12h42
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) irá pedir a desativação do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife.
Segundo o titular da 19ª Promotoria de Execuções Penais do Ministério
Público de Pernambuco e autor da proposta, Marcellus Ugiette, o Estado
não tem controle dentro e fora das unidades prisionais. O pedido de
liberação da área será apresentado ao Estado ainda nesta semana.
“Quando o Aníbal Bruno foi transformado em complexo prisional, eu já havia alertado o governo. Era dividir uma coisa ruim em três piores. Fiz o diagnóstico e entreguei, mas o Estado insistiu na divisão dos presídios”, diz Ugiette. Atualmente, o complexo é composto pelos presídios Frei Damião de Bozanno (PFDB), Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB) e Agente de Segurança Penitenciária Marcelo Francisco de Araújo (PAMFA).
“Quando o Aníbal Bruno foi transformado em complexo prisional, eu já havia alertado o governo. Era dividir uma coisa ruim em três piores. Fiz o diagnóstico e entreguei, mas o Estado insistiu na divisão dos presídios”, diz Ugiette. Atualmente, o complexo é composto pelos presídios Frei Damião de Bozanno (PFDB), Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB) e Agente de Segurança Penitenciária Marcelo Francisco de Araújo (PAMFA).
Frei Damião de Bozzano, no Curado, no último
sábado (23) (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Após a fuga em massa registrada no último sábado (23),
o promotor decidiu, novamente, fazer o pedido de desativação do
complexo às secretarias de Ressocialização e de Justiça e Direitos
Humanos. “Existem sérios problemas lá dentro porque as lideranças do
cárcere estão ali. As últimas fugas demonstram que o Estado não tem
controle dentro e fora das unidades porque, nos últimos casos, os
detentos tiveram a ajuda de pessoas de fora do presidio”, pontua, também
em relação ao tiroteio que aconteceu na última quarta (20), na Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá.
A proposta de Ugiette envolve a desativação do complexo prisional no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife, e a construção de novas unidades, com capacidade menor. “A ideia é começar do zero e resolver os problemas de superlotação e de número reduzido de agentes penitenciários”, explica. Segundo Ugiette, o pedido de desativação dos presídios também envolve a venda do terreno à iniciativa privada.
Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de Pernambuco (Sindasp-PE), João Carvalho, a ideia é válida. “Somente no Frei Damião de Bozanno, temos uma média de 200 a 250 presos por agente penitenciário. Os profissionais não têm condições de estarem atentos a todos os setores dentro do presídio”, reclama. Segundo ele, o baixo número de agentes penitenciários contribuiu para a fuga em massa dos detentos do PFDB.
“Essa intervenção do Estado é muito importante, mas é necessário que seja com dinheiro público. Caso haja uma parceria público-privada, o custo da manutenção de cada preso irá aumentar consideravelmente”, alerta. O G1 tentou entrar em contato com as Secretarias de Ressocialização (Seres) e de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), mas não obteve retorno a respeito da proposta do MPPE.
Fugas
Em menos de uma semana, foram registradas duas fugas em massa em presídios diferentes no Estado. A primeira ocorrência aconteceu na noite da quarta (20), na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá. Durante a fuga, foram contabilizados 53 presos foragidos. Até agora, foram recapturados 13.
A proposta de Ugiette envolve a desativação do complexo prisional no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife, e a construção de novas unidades, com capacidade menor. “A ideia é começar do zero e resolver os problemas de superlotação e de número reduzido de agentes penitenciários”, explica. Segundo Ugiette, o pedido de desativação dos presídios também envolve a venda do terreno à iniciativa privada.
Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de Pernambuco (Sindasp-PE), João Carvalho, a ideia é válida. “Somente no Frei Damião de Bozanno, temos uma média de 200 a 250 presos por agente penitenciário. Os profissionais não têm condições de estarem atentos a todos os setores dentro do presídio”, reclama. Segundo ele, o baixo número de agentes penitenciários contribuiu para a fuga em massa dos detentos do PFDB.
“Essa intervenção do Estado é muito importante, mas é necessário que seja com dinheiro público. Caso haja uma parceria público-privada, o custo da manutenção de cada preso irá aumentar consideravelmente”, alerta. O G1 tentou entrar em contato com as Secretarias de Ressocialização (Seres) e de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), mas não obteve retorno a respeito da proposta do MPPE.
Fugas
Em menos de uma semana, foram registradas duas fugas em massa em presídios diferentes no Estado. A primeira ocorrência aconteceu na noite da quarta (20), na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá. Durante a fuga, foram contabilizados 53 presos foragidos. Até agora, foram recapturados 13.
A segunda fuga aconteceu no sábado (23),
no Presídio Frei Damião de Bozzano, uma das unidades do Complexo
Prisional do Curado. Uma explosão do muro externo da penitenciária
possibilitou a fuga dos detentos. Dos 40 fugitivos, 36 foram recapturados, dois morreram e um está internado no Hospital Otávio de Freitas.
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