segurança pública
Cai o comandante geral da PM, coronel Pereira Neto. Nome ligado a coronel Mario Cavalcanti assume
Por Jamildo Melo, editor do blog
Com Pacto pela Vida em crise, o governador Paulo Câmara decidiu mudar
o comando da PM. O comandante geral da PM coronel Pereira Neto está
sendo afastado das funções. No seu lugar, assume o coronel Carlos
Alberto D’Albuquerque Maranhão Filho.
Paulo Câmara convocou coletiva de imprensa na tarde desta
quarta-feira (18), às 15h30, no Palácio do Campo das Princesas, para o
anúncio do novo comando. Já a passagem de comando será realizada nesta
quinta-feira (19), às 7h30, no Quartel do Derby.
O novo comandante é ligado ao coronel Mário Cavalcanti, que acaba de ser nomeado como interventor de Gravatá, nesta terça-feira.
D’Albuquerque vem da Casa Militar do Palácio do Campo das Princesas
também, onde trabalhou com Mário Cavalcanti na coordenadoria de Defesa
Civil de Pernambuco. Ele também preside o Clube dos Oficiais da PM e
Bombeiros.
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Os altos índices de violência registrados nos últimos meses são
apontados como uma das causas. Tomando como base a projeção da
Secretaria de Defesa Social (SDS) para o último mês, seriam, ao todo,
3.174 assassinatos no Estado desde o início do ano. Número que já é
maior que os 3.102 homicídios registrados em todo ano de 2013, o de
melhor desempenho desde que o Pacto Pela Vida foi implementado, em 2007.
Apenas em junho deste ano, a meta estipulada pela SDS foi batida. Em
todos os outros nove meses, o número real de assassinatos superou a
projeção.
Nos bastidores da PM, fala-se ainda que a nova movimentação salarial
dos policiais pode estar relacionada com a substituição. “Há um
movimento dos coronéis por aumento de salários, e o governo pode ter
feito a avaliação de que ele não estaria agindo com lealdade”, comenta
uma fonte do Blog.
Afora os números do Pacto pela Vida, que já são piores que os do ano
passado, a defesa do ciclo completo pelos PMs e ser contra o projeto do
governo que dava exclusividade para os delegados fazerem Termo
Circunstanciado de Ocorrência (TCO) também podem ter sido outro dos
motivos da queda da cúpula da PMPE.
Chamou atenção uma audiência pública recente na Alepe, para tratar do
tema. Policiais Civis e PMs estavam em lados opostos. O comandante na
mesa. Quando os civis falaram, os oficiais e PMs deram as costas.
O problema era que o governo do Estado havia negociado com o pessoal
da Civil não tocar o ciclo completo, por não poder dar aumento. Com
gestões junto a Joel da Harpa e Guilherme Uchoa, uma emenda chegou a ser
incluída prevendo a possibilidade da PM também realizar os TCO, que
tanto impacientam os delegados.
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