Décio Gomes defende o fim da Polícia Militar e da educação privada
Candidato prevê aplicação total do Plano Nacional de Educação no Amapá.
Pecebista foi o terceiro da série de entrevistas em programa de rádio.
John Pacheco
Do G1 AP
O candidato ao Governo do Amapá Décio Gomes (PCB) declarou
em entrevista nesta quarta-feira (27) que pretende, caso eleito,
reduzir ao máximo a mercantilização da educação, como a redução de
escolas particulares, além de reformular a segurança pública extinguindo
a Polícia Militar. A declaração foi dada ao programa de rádio Luiz Melo
Entrevista, que realiza até o dia 2 de setembro, sabatinas com os sete
candidatos ao Governo do Estado. O pecebista foi o terceiro da série.
“Pretendemos
acabar essa mercantilização da educação, e no estado temos que fazer o
caminho inverso do resto do país, pois no Amapá todas as grandes mentes
de hoje estudaram em escola pública. Há alguns anos atrás o ensino
público era de qualidade. Se a iniciativa privada quer manter um negócio
na educação, pode manter, mas vamos investir muito para que não seja
necessário o pai levar o filho para a escola particular”, respondeu
Décio a uma pergunta sobre educação, acrescentando que pretende aplicar
no estado todas as diretrizes do Plano Nacional de Educação.
Ao
longo de 50 minutos de entrevista, o candidato respondeu a perguntas
feitas pelos apresentadores do programa, ouvintes via telefone, além de
internautas através das redes sociais. Durante a sabatina, esclareceu
que todas as propostas para a gestão serão feitas em conjunto com a
população, aplicando a política do socialismo.
Questionado
por um dos jornalistas da bancada sobre investimentos em segurança
pública, Décio respondeu que uma das prioridades é o fim da Polícia
Militar, e com isso investir recursos nas atuações ostensivas. “Esse
modelo [PM] está ultrapassado, e isso está provado em todo o Brasil nas
milícias que vem matando pobres e negros, milícias essas que são
compostas por policiais. Vamos criar uma nova polícia, mas não militar”,
esclareceu o candidato.
Décio
ainda respondeu sobre temas como cultura, transporte público, reforma
agrária, educação e reformas sociais. Em várias respostas, alegou que
não governará para um mercado capitalista, e que é possível aplicar um
regime igualitário. Na quinta-feira (28), o entrevistado será o atual
governador Camilo Capiberibe, candidato à reeleição,.
Nenhum comentário:
Postar um comentário